segunda-feira, 11 de julho de 2016

APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL



A aprendizagem organizacional é descrita na literatura como um processo constituído de etapas ou componentes de aquisição de informação, disseminação de informação e interpretação compartilhada, que promove a mudança de comportamento ou a ação de resposta à aprendizagem, influenciando diretamente os resultados da organização. A aprendizagem organizacional, nesse escopo, é complementada por uma dimensão cultural (orientação para aprendizagem), composta por valores ou posturas organizacionais que estimulam a aprendizagem.

Assim, cabe destacar as afirmações de Argyris e Schön (1978), para quem a aprendizagem organizacional requer a revisão da postura dos indivíduos no sentido de "aprender a aprender" novas coisas. Hult (1998) reforça essa idéia ao afirmar que são necessárias novas habilidades de aprendizagem, bem como um clima organizacional que favoreça o desenvolvimento dessas habilidades.

Vale ressaltar que a empresa ao disponibilizar aos seus funcionários o ensino corporativo, deve oferecer uma metodologia que não só disponibilize ferramentas que agreguem valor à organização, mas essencialmente, que agregue valor ao capital humano, nesse sentido faz-se necessário, por exemplo, a noção clara da importância da educação ambiental.

Está claro portanto, que o conceito de aprendizagem organizacional está associado ao conceito de competitividade ou de competência empresarial. Uma empresa que ensina e aprende torna-se uma empresa competitiva, torna-se uma empresa que desenvolve e gerencia competência como vantagem ante o mercado ou aos concorrentes.

A competência empresarial requer, principalmente, procedimentos empresariais voltados ao conceito de cooperação, que está ligado a projetos desenvolvidos por meio de um processo tecnológico e em parceria, não apenas com colaboradores internos, mas principalmente, em parceria com fornecedores e clientes.

Não é por acaso que a maioria das organizações tem dificuldades de aprendizagem. A forma como são projetadas e gerenciadas, a maneira como os cargos são definidos e, mais importante, o modo como todos fomos ensinados a pensar e interagir (não só nas organizações, mas em uma perspectiva mais ampla), tudo isso cria deficiências cruciais de aprendizagem.

Conclusão

O processo de aprendizagem, a geração, a aplicação e transmissão do conhecimento são, hoje, os motores de geração de vantagens competitivas em relação aos concorrentes e a gênese de riquezas para as organizações.
Esse novo paradigma de aprendizagem organizacional muda o sentido da administração empresarial tradicional, passando a ser baseado na gestão do conhecimento. Evidencia-se, justamente, na capacidade da empresa converter o conhecimento adquirido em qualidade, produtividade e inovação, gerando diferencial competitivo sustentável e duradouro, devendo ser continuamente repensado.

A aprendizagem organizacional representa mais que a simples incorporação de novas atitudes, ela retrata um horizonte para o desenvolvimento das empresas, de seus profissionais e das comunidades que com elas se inter-relacionam.

Easterby-smith, Mark. Aprendizagem organizacional e organização de aprendizagem. São Paulo: Atlas, 2001.

PERIN, Marcelo Gattermann et al. Processo de aprendizagem organizacional e desempenho empresarial: o caso da indústria eletroeletrônica no Brasil. RAE-eletrônica, v. 5, n. 2, Art. 14, jul./dez. 2006.

MOTTA, Paulo Roberto. Transformação organizacional: a teoria e a prática de inovar. Qualitymark, 2000. Rio de Janeiro, 2000.

SENGE, Peter. A Quinta Disciplina: arte e prática da organização que aprende.4. ed. São Paulo: Best Seller, 1999.


SENGE, Peter et al. A dança das mudanças: os desafios de manter o crescimento e o sucesso em organizações que aprendem. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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