sábado, 2 de novembro de 2013

A ESCOLA AMBIENTAL


A Formação de Estratégia como um processo reativo


A geração da estratégia no entender dessa escola se dá por espelhamento, reagindo a um ambiente que estabelece as regras. Ele posiciona o ambiente ao lado da liderança e da organização (as três forças centrais). O questionamento que se faz normalmente é, se os lideres realmente possuem opções estratégicas em relação ao ambiente externo. Outras escolas também consideram o ambiente externo, porém com abordagens diferentes. Em relação aos estrategistas, a evolução dentro das escolas se deu desde aqueles pertencentes à direção da empresa, descendo a hierarquia e se espalhando pela organização (exemplo: Escola Cultural). Na Escola Ambiental, o próprio ambiente externo assume o comando e dita as regras. Entenda-se ambiente como o conjunto de forças externas à organização. 

As Premissas da Escola Ambiental são:

   1. O agente central é o ambiente
   2. A organização deve reagir ou é eliminada do jogo
   3. A liderança é passiva e serve de ponte entre a organização e o ambiente
   4. As organizações formam nichos

A Visão de Contingência

A Escola Ambiental se baseia na teoria da contingência. De acordo com Mintzberg, é possível identificar quatro grupos de ambiente quanto a:

   1. Estabilidade - pode variar de estável a dinâmico, sem regras e com desfechos inesperados;
   2. Complexidade - pode variar de simples a complexo. Cabe ressaltar que um ambiente     complexo pode ser transformado num ambiente simples através de racionalização;
   3. Diversidade de mercado - Pode variar de integrados a diversificados;
   4. Hostilidade - pode variar de favorável a hostil.

A maior expressão da Escola Ambiental é a chamada "ecologia da população". Seus seguidores olham as organizações à distância, em termos de comportamento coletivo.


Conclusão: Ao contrario da Escola de Posicionamento, aqui as organizações não se confrontam diretamente. É o ambiente que estabelece os critérios de permanência no mercado. Segundo Hannan, as organizações que tiram o máximo do ambiente são chamadas "especialistas" e enfatizam a eficiência. Aquelas que mantém reservas estratégicas são chamadas "generalistas" e enfatizam a flexibilidade. A visão dos ecologistas da população é sempre direcionada para as deficiências que ameaçam as organizações: deficiência de ser novo, do envelhecimento, da pequenez e da adolescência (transição entre a infância e a maturidade de uma organização). As organizações deveriam considerar as condições que aumentam ou restringem suas opções estratégicas. Hage (1976) afirmou que as organizações escolhem suas restrições e, assim, restringem suas opções.