sexta-feira, 29 de julho de 2016

PASSOS PARA A TRANSFORMAÇÃO



Seguimos com a proposta de apresentar o pensamento do Professor de Comportamento Organizacional da Harvard Business School, John Kotter, principalmente no que diz respeito a Gestão de Mudanças e Transformação Organizacional. No primeiro “post” apresentamos o 1º e o 2º dos 8 passos destacados pelo Professor Kotter, para liderar a mudança em uma organização. A seguir, dando seguimento a nossa proposta, apresentaremos o 3º e o 4º passos:

3º Passo - Desenvolver uma visão de mudança

Para que a gestão da mudança seja eficiente, é preciso que a organizações tenha claro qual é o cenário futuro, ou seja, a organização precisa esclarecer como o futuro será diferente do passado. Assim, as pessoas terão claro o ponto de inflexão. De acordo com Kotter, a visão de mudança é importante por três principais pontos:
  • Simplifica centenas ou milhares de dados mais detalhados para a tomada de decisões.
  • Motiva as pessoas a agir e caminhar na direção certa. “Mesmo que os primeiros passos sejam dolorosos”, diz o acadêmico.
Entende-se aqui por uma visão de mudança um sistema, que inclui estratégias, planos e orçamentos. Entretanto, Kotter resume que a visão deve ser “a cola que mantém essas coisas juntas e faz todo o sentido para a mente e o coração”. Uma boa visão, na opinião do acadêmico, pode exigir sacrifícios, pois deve ter o objetivo de criar um futuro melhor para todos stakeholders da empresa.

É importante que a visão seja estrategicamente viável. Para isso, é preciso que leve em conta a realidade atual da empresa e as metas estabelecidas, que podem ser ambiciosas, desde que sejam atingíveis. “Grandes líderes sabem como fazer estes objetivos ambiciosos parecerem factíveis. Quando uma visão é atada com uma estratégia forte e credível, torna-se evidente para as partes interessadas que a visão não é apenas um sonho”, pontua Kotter.

As visões eficazes têm seis características-chave. São elas:


  • Imaginável: transmitem uma imagem clara de como será o futuro.
  • Desejável: apelam para uma vantagem de longo prazo para os funcionários, clientes, acionistas e outros, que têm uma participação na empresa.
  • Desejável: apelam para uma vantagem de longo prazo para os funcionários, clientes, acionistas e outros, que têm uma participação na empresa.
  • Focado: as visões são claras o suficiente para fornecer orientações para a tomada de decisão.
  • Flexível: permitem que a iniciativa individual e respostas alternativas surjam diante de novas condições.
  • Transmissível: são fáceis de comunicar e podem ser explicadas rapidamente.

4º Passo - Comunicar a visão para os Buy-in   


Para que a mudança ocorra é preciso que tenha um suporte interno e externo. Sendo assim, é necessário garantir que o máximo de pessoas possível, compreenda e aceite a visão de mudança. É claro que ganhar um entendimento e compromisso com uma nova direção nunca é tarefa fácil, especialmente em organizações complexas.

De acordo com Kotter, a maioria das empresas subestimam a comunicação de suas visões. Para ser eficaz, a visão deve ser comunicada em atividades de hora em hora. A visão será referida em e-mails, reuniões, apresentações, ou seja, será comunicada em qualquer lugar. Reuniões entediantes devem ser transformadas em discussões interessantes sobre a transformação. Programas de educação genéricos são jogados fora e cursos que se concentrem em problemas do negócio e na nova visão passarão a ser lecionados.

Ao comunicar a visão para a transformação, é preciso ter em mente que a visão deve ser:

Simples: uma única palavra ou até mesmo um jargão.
Viva: uma imagem verbal vale mais que mil palavras, ou seja, a comunicação deve fazer uso de metáforas, analogias, por exemplo.
Repetitiva: as ideias devem ter o poder de se espalhar no boca a boca.
Participativa: a comunicação de duas vias é sempre mais poderosa do que a comunicação one-way.

Ainda mais importante do que aquilo que é dito, é o que é feito. Os líderes que querem transformar suas organizações devem se tornar um exemplo vivo da nova cultura corporativa. “Nada compromete um programa de comunicação mais rapidamente do que as ações inconsistentes pela liderança”, alerta o Professor Kotter.

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