Mintzberg,
Ahlstrand e Lampel, no livro SAFÁRI DE ESTRATÉGIA que aqui resenhamos, mostram
com bastante didática as proposta de dez escolas de administração estratégica.
Analisamos e procuramos detalhar aqui no Blog cada uma delas. Como produto de
pesquisas dos autores, que revisaram em torno de duas mil publicações
relacionadas a estratégias em diversos campos além do campo da administração, a
conclusão que é possível chegar é que, dado a quantidade de escolas e
pensamentos, não existe uma definição
universal para estratégia.
Após
a análise das dez escolas de administração estratégica expostas no livro Safari
de Estratégia, seus autores concluem que a decisão estratégica é um desígnio
arbitrário, que envolve uma visão intuitiva, um aprendizado intuitivo e
cognição individual do decisor (pg. 274). Envolve igualmente aspectos como
interação social, cooperação e conflito. Necessita análise antes, programação
depois, bem como negociação durante e tudo isso precisa ser feito considerando
o ambiente que pode ser exigente.
Mintzberg,
Ahlstrand e Lampel propõem que a revisão da literatura existente conduz à
emergência de 10 pontos de vista distintos, a maioria dos quais se reflete na
prática gerencial das organizações. Cada ponto de vista, chamado de escola de
pensamento estratégico, tem uma perspectiva única e destaca um aspecto
importante do processo de formulação estratégica.
Cada
ponto de vista é, simultaneamente, estreito e exagerado, porém interessante e
criterioso. Estes pontos de vista, referidos apenas como escolas, segundo
Mintzberg, Ahlstrand e Lampel, melhor parece captar a visão que cada uma tem do
processo de estratégia.
O
livro é extremamente didático e bem-redigido. Pode-se criticar um pouco a
prolixidade típica presentes em quase todos os trabalhos de Mintzberg. No
entanto, o saldo final continua muito positivo. Para o estudante ou pesquisador
da área de administração estratégica que procura uma fonte relativamente
completa e de rápida referência sobre o material publicado na área, o livro é
bastante adequado.
Talvez
a maior qualidade deste trabalho seja seu potencial como livro didático sobre
administração estratégica além da mesmice. Pelo menos, os alunos saberão que
administração estratégica é bem diferente e bem mais ampla do que as antigas e
prescritivas receitas de bolo de planejamento estratégico.
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