A Formação de
Estratégia como um processo de transformação
A chamada Escola de Configuração apresenta
uma proposta diferente de todas as demais, mas ao mesmo tempo é considerada
como a que possibilita integrar as mensagens de todas elas. Ela apresenta a
organização e o meio que a cerca como "estados de configuração" e a
geração da estratégia, como um "processo de transformação". Este
processo é, na verdade, a transposição de um estado para outro. O que esta
escola faz é descrever a estabilidade relativa da estratégia dentro de
determinados estados, somente interrompidos por saltos para novos estados.
A configuração de uma organização é pesquisada e descrita por acadêmicos, por ser conceitual, já a transformação (mudança de estado ou de configuração) é praticada por executivos e prescrita por consultores. Enquanto na Escola Ambiental prevalecem os "separadores", que isolam variáveis para estudá-los aos pares, na Escola de Configuração prevalecem "agrupadores", os quais veem o mundo em categorias claras e precisas.
As Premissas da escola de configuração são:
A configuração de uma organização é pesquisada e descrita por acadêmicos, por ser conceitual, já a transformação (mudança de estado ou de configuração) é praticada por executivos e prescrita por consultores. Enquanto na Escola Ambiental prevalecem os "separadores", que isolam variáveis para estudá-los aos pares, na Escola de Configuração prevalecem "agrupadores", os quais veem o mundo em categorias claras e precisas.
As Premissas da escola de configuração são:
1. As organizações podem ser
descritas na forma de uma configuração estável num determinado contexto;
2. Saltos quânticos periódicos
(transformação);
3. Os itens 1 e 2 descrevem o
ciclo de vida das organizações;
4. A função da administração
estratégica é gerir a configuração e a transformação sem destruir a
organização;
5. As escolas de pensamento da
formação da estratégia são configurações particulares;
6. As estratégias resultantes
dependem do momento e da situação vigente.
O livro pioneiro da Administração Estratégica, com exposição minuciosa da Escola de Configuração foi escrito em 1962 por Alfred Chandler e intitula-se "Estratégia e Estrutura: Capítulos na Historia do Empreendimento Industrial". Para o professor Mintzberg, ao analisar essa escola no livro Safári de Estratégia, uma organização apresenta características que a identificam e são descritas como sendo:
O livro pioneiro da Administração Estratégica, com exposição minuciosa da Escola de Configuração foi escrito em 1962 por Alfred Chandler e intitula-se "Estratégia e Estrutura: Capítulos na Historia do Empreendimento Industrial". Para o professor Mintzberg, ao analisar essa escola no livro Safári de Estratégia, uma organização apresenta características que a identificam e são descritas como sendo:
1. Empreendedora - simples, pequena,
jovem, com estrutura informal e flexível, num ambiente dinâmico. Máquina do
tipo Taylorista e é encontrada em empresas maduras com produção em massa;
2. Profissional - gerenciamento por
profissionais e altamente descentralizado;
3. Diversificada - várias unidades
relativamente independentes com administração liberal (frouxa);
4. Adhocracia - reúnem especialistas
de várias modalidades em equipes criativas, onde o poder está no conhecimento;
5. Missionária - de cultura forte,
com cooperação mútua de seus membros, pouca especialização e crenças comuns;
6. Política -
não possuindo elementos dominantes, a tendência é de ruptura, originando forças
políticas. Podem ser temporárias ou relativamente permanentes.
Miller introduziu o conceito de
arquéticos, e os estados de estratégias, estrutura, situação, processo e
transições entre arquéticos. As mudanças aqui são consideradas quânticas, não
incrementais, quando muitas coisas mudam radicalmente e ao mesmo tempo
(revolução estratégica). Ele também alerta que configurações construtivas podem
se tornar destrutivas e isso faz parte do jogo. O importante é fazer as
necessárias correções de estratégia. A característica mais importante desta
escola é a mudança, ou o salto de um estado para outro, adaptando-se à uma nova
estratégia. A escola de configuração contribui na administração estratégica, na
medida em que traz ordem para o mundo da formação da estratégia.
Conclusão: A Escola de Configuração trata da relação entre o
ambiente e a estratégia num contexto mais amplo, onde as características de um
ambiente, num dado período de tempo, refletem-se na configuração das
características das empresas inseridas nesse ambiente e, consequentemente, em
suas estratégias. Com o crescimento da exigência de posturas empresariais socialmente
responsáveis, algumas organizações tradicionalmente pouco preocupadas com o
assunto podem perder mercado e com isso serem forçadas a mudar radicalmente sua
maneira de pensar e agir, causando uma reestruturação profunda e abrangente em
suas características, pois a organização deve ser socialmente responsável como
um todo, não apenas uma parte dela. E é nessa reestruturação que podem surgir
diversas estratégias para a responsabilidade social ou que esta passe a ser
considerada na formulação de estratégias.
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