A Formação de Estratégia como um
Processo de Negociação
Para os autores de SAFÁRI DE
ESTRATÉGIA o poder aqui se refere ao exercício de influência além da ideia
puramente econômica. A Escola de Poder caracteriza-se pela formação de
estratégia como um processo aberto de influência para negociar estratégias
favoráveis a determinados interesses, dividindo-se em duas categorias, sendo:
Poder Micro
Cujo significado é, nada mais
que, o jogo político instalado em todas as organizações e que influencia a
estratégia adotada. A formulação da estratégia é um processo que além de
cognitivo e de aprendizagem, também é fruto de negociações e concessões. A Escola
de Poder defende maior compreensão do papel de indivíduos organizados e não
apenas na formulação ou reformulação de comportamentos individuais. Ela (a
Escola de Poder) demonstra que a estratégia oriunda deste processo não é
"ótima", pelo contrário, apenas reflete os interesses dos grupos mais
poderosos da organização. MacMillan e Guth sugerem usar a política para obter
aceitação das estratégias:
A. Reconhecer as realidades
políticas e administrá-las;
B. Reconhecer o caráter essencial
do empenho da gerência intermediária;
C. Aprender a usar instrumentos
políticos clássicos;
D. Administrar o comportamento
das coalizões;
E. Tomar providências diretas
contra a coalizão oponente.
Poder Macro
O poder macro trata da
interdependência de uma organização com seu ambiente externo, que envolvem:
clientes, fornecedores, sindicatos, governo, etc. As soluções mais populares
aplicadas ao poder macro são:
- Análise dos interessados
(comportamento e coalizões);
- Manobras estratégicas;
- Formulação cooperativa de
estratégica (Redes, estratégia coletiva, alianças estratégicas, terceirização
estratégica etc).
Conclusão: A formação da estratégia, de acordo com a
Escola de Poder, é moldada basicamente pelo poder e pela política. Trata-se
notadamente de iniciativas emergentes e assumem a forma de posições ou meios
para iludir. A partir do que denomina Poder Micro, ela é capaz de persuadir,
barganhar e promover o confronto direto, enquanto que, a partir do Poder Macro,
ela promove manobras estratégicas, constrói redes, alianças e terceirizações. É
preciso entender, contudo, que a formação da estratégia envolve sim o poder,
porém, não se pode esquecer que envolve também a liderança e a cultura
(desprezadas por esta escola). A política tem seu lado positivo no processo de
mudança e na formação da estratégia, porém pode gerar desperdício e distorção.
Ela está presente em especial durante mudanças importantes, em organizações
grandes e maduras, em organizações de "experts" complexas e descentralizadas e
durante períodos de bloqueio. Ela mostra-se útil em promover mudanças
estratégicas para combater agentes que querem manter o “status quo”.
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