A Formação de Estratégia como um Processo Coletivo
De acordo com a
Escola Cultural, enquanto o poder concentra-se em interesses próprios, a
cultura leva em consideração os interesses comuns. A cultura determina como uma
organização age e reage aos estímulos, como ela interpreta o mundo, as atividades
e os artefatos que as refletem. A cultura é coletiva, organizacional e cognição
coletiva, ou seja, representa a mente da organização, suas crenças, tradições,
hábitos, manifestações etc.
Premissas da Escola Cultural
Premissas da Escola Cultural
Segundo os autores de Safári de Estratégia, é possível identificar as
seguintes características como premissas, quando predomina a Escola Cultural na
formação da estratégia:
a. A formação da estratégia pode ser identificada como um processo de interação social, baseado nas crenças e interpretações comuns;
a. A formação da estratégia pode ser identificada como um processo de interação social, baseado nas crenças e interpretações comuns;
b. um indivíduo adquire essas
crenças através de um processo de aculturação ou socialização;
c. as crenças que sustentam a
cultura organizacional não podem ser totalmente descritas;
d. a estratégia torna-se uma
intenção coletiva e reflete-se nos padrões de uso dos recursos e capacidade;
e. a cultura é um agente de
perpetuação da estratégia existente e dificilmente propõe soluções arrojadas.
Ligações entre cultura e
estratégia
Basicamente é possível perceber
as ligações entre a cultura e a estratégia no estilo de tomada de decisões, a
cultura exerce um papel de filtro que influencia a análise na tomada de
decisão.
É também possível constatar essa ligação em atitudes quanto a resistência a mudanças estratégicas. Enquanto algumas culturas favorecem e interpretam as mudanças estratégicas reagindo com naturalidade e motivação, outras resistem e até dificultam, chegando mesmo a impossibilitar que elas aconteçam. A capacidade de superar a resistência às mudanças estratégicas, os valores dominantes e o choque de culturas são as outras ligações, identificadas pelos autores.
É também possível constatar essa ligação em atitudes quanto a resistência a mudanças estratégicas. Enquanto algumas culturas favorecem e interpretam as mudanças estratégicas reagindo com naturalidade e motivação, outras resistem e até dificultam, chegando mesmo a impossibilitar que elas aconteçam. A capacidade de superar a resistência às mudanças estratégicas, os valores dominantes e o choque de culturas são as outras ligações, identificadas pelos autores.
Recursos como base de vantagem
competitiva
- Cultura material: representam aqueles recursos tangíveis e intangíveis de uma organização. Não são os produtos que competem no mercado, e sim os sistemas de produção de seus fabricantes;
- Diversificação: que pode ser identificada como contribuição particular de cada cultura organizacional;
- Teoria baseada em recursos;
- Cultura como recurso-chave: é difícil copiá-las,
portanto também não é possível reproduzir seus efeitos. Um dos maiores recursos
de uma organização são as pessoas e seus conhecimentos e experiências;
- Direção: o estilo de comando, de liderança.
Conclusão: A Escola Cultural apresenta
como grande ameaça o desencorajamento a mudanças, muitas vezes críticas e
necessárias para a organização, já que mudar ou alterar uma cultura organizacional
é extremamente custoso e, no entender de muitos especialistas, impossível. Isso
pode levar à estagnação e a arrogância. A Escola explica com muita felicidade o
que já existe, mas não cuida do que está por vir. A contribuição da Escola
Cultural, por sua vez, está na dimensão coletivista de processo social, que
assegura um lugar para o estilo organizacional ao lado do estilo pessoal. A
formação da estratégia torna-se a administração da cognição coletiva. Esta
escola se aplica mais a organizações com culturas mais ricas, às grandes
organizações e a períodos específicos da maior parte das organizações, como
períodos de reforço, de resistência às mudanças, de recomposição e de revolução
cultural.
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