Um novo padrão de
consumo começou a ser ditado pela chamada “Geração D” — formada por pessoas
nascidas e criadas a partir do final da década de 80, sob a influência da era
digital que emergiu com o desenvolvimento de invenções como o microprocessador,
a rede de computadores, a fibra óptica e o computador pessoal.
A Geração D age e consome na mesma velocidade da banda larga na internet e
demonstra uma nova forma de consumir e de se relacionar com as marcas
existentes no mercado. Essa volúpia por informações e conhecimento deve
movimentar US$ 208,7 bilhões em 2011 por todo o mundo com a aquisição de
produtos, marcas e conceitos inovadores.
O surgimento desse novo padrão de consumo foi constatado no último relatório
anual do instituto britânico de tendências The Future Laboratory, representado
com exclusividade no Brasil pela agência Voltage, que apresentou no início do
mês a nova edição do The Future Report Teens, estudo conduzido a partir das
análises de cem especialistas em marketing, acadêmicos e pesquisadores de
tendências em todo o mundo.
Um ponto em comum foi identificado nesse estudo: a nova forma de consumir e de se relacionar com as marcas é um fenômeno identificado em todas as regiões e países, independentemente de cultura e economia. O comportamento da Geração D é o mesmo nos Estados Unidos, China, Brasil, África do Sul, Índia, Rússia, Escandinávia, Austrália, Nigéria e África Ocidental.
Um ponto em comum foi identificado nesse estudo: a nova forma de consumir e de se relacionar com as marcas é um fenômeno identificado em todas as regiões e países, independentemente de cultura e economia. O comportamento da Geração D é o mesmo nos Estados Unidos, China, Brasil, África do Sul, Índia, Rússia, Escandinávia, Austrália, Nigéria e África Ocidental.
A onda cibernética que atravessa o planeta em segundos empurra as vendas
para cima e movimenta o mundo dos negócios.
No Brasil, nove em cada dez adolescentes, de 14 anos a 18 anos, possuem um
telefone celular; oito em cada dez jovens enviam diariamente SMS.
A maioria desses adolescentes troca de aparelho a cada 14 meses e 32% afirmam
que a troca representa atualização de tecnologia ou simplesmente mudança de
modelo.
O diretor-geral da Voltage, Paulo Al-Assal, disse que a Geração D tem
muito ainda a contribuir com o crescimento do mercado e da indústria. As compras on-line, por exemplo, é
praticamente nula no Brasil, pois apenas 14% têm cartão de crédito. Além disso,
os jovens brasileiros ainda iniciam antes a carreira profissional e tendem a
ter uma renda melhor que as gerações anteriores.
No Brasil, o número de adolescentes forma um contingente expressivo de
consumidores. Em 2000, o País contava com 28,5 milhões de brasileiros com
idades entre 12 anos e 19 anos e, mesmo com uma pequena queda projetada pelas
estatísticas, em 2015 serão 27,2 milhões de adolescentes, ou seja, 13,5% da
população brasileira.
Al-Assal destacou que os adolescentes da Geração D têm traços comportamentais
comuns em todo o mundo. “Estão mais informados do que gerações anteriores e são
inconstantes, pois esperam que tudo mude na mesma velocidade da web”,
comparou.
“Os adolescentes representam um público consumidor extremamente importante
porque além de impulsionar as vendas hoje, indicam o futuro do varejo de
diferentes segmentos por serem autores das tendências e compradores precoces”,
afirmou.
O executivo afirmou que a máxima Kgoy (kids getting older, younger) — em
livre tradução, “as crianças estão
ficando velhas mais cedo” — nunca foi tão propícia quanto nos dias de
hoje.
Um exemplo disso é o estudante Lucas Villela Canôas, de 17 anos, que faz
pré-vestibular e pretende cursar ciência da computação ou engenharia da
computação na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Gosto de aparelhos portáteis e de alta tecnologia para garantir mobilidade”,
resumiu Canôas, quando perguntado sobre suas preferências de consumo. O
estudante disse que já tem conhecimento em informática e computação e quer
expandir os horizontes na Unicamp. “A vida gira atualmente na velocidade da
internet e, por isso, tento acompanhar este ritmo”, afirmou.
Outro aluno de curso pré-vestibular, Guilherme de Almeida França, de 18 anos,
que tenta o curso de medicina na Unicamp, disse também que tem preferência na
compra de produtos que tenham tecnologia avançada para estar sempre
atualizado.
“O desenvolvimento tecnológico é constante e a cada dia surge uma nova opção
tecnológica que facilita a vida e amplia os conhecimentos. Busco esses tipo de
equipamentos e produtos porque tenho sede por informações e pelo conhecimento”,
disse.
O estudo revela também que os teens brasileiros passam, ainda, mais tempo em
frente à televisão — sobretudo a TV aberta — do que em frente ao computador. O
levantamento revela que são 11 horas semanais assistindo à TV contra sete horas
navegando na internet. A tendência, entretanto, é inverter essa ordem em poucos
anos.
O uso da web restringe-se a redes sociais, pesquisas escolares e para compras.
Marcas internacionais como Oakley e Nike são as prediletas por serem associadas
a status. No Brasil, entre as meninas, as marcas favoritas são C&A,
Converse e Adidas. Para os meninos, Adidas e Nike.
Fonte: rac.com.br
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