domingo, 28 de julho de 2013

FEITAS PARA DURAR x FEITAS PARA VENCER





Concluímos nossa proposta com uma análise do autor (Jim Collins), a respeito das duas obras de grande impacto para o mundo dos negócios na última década. Ao encarar o projeto de pesquisa para escrever EMPRESAS FEITAS PARA VENCER, Collins quis saber se as idéias expostas no livro anterior EMPRESAS FEITAS PARA DURAR, podiam servir de base. Em princípio, optou por não fazer ligações de nenhum tipo. Porém, ao terminar o segundo estudo, realizou uma comparação e chegou às seguintes conclusões: 


1. À luz dos resultados expostos em EMPRESAS FEITAS PARA VENCER, observa que as grandes empresas analisadas em FEITAS PARA DURAR contaram, desde sua criação, com líderes de nível 5, com uma idéia de negócio simples (o conceito do ouriço) e com uma equipe de trabalho brilhante. Por outro lado, as principais personagens de EMPRESAS FEITAS PARA VENCER tiveram uma trajetória convencional e somente a partir de um ponto de inflexão iniciaram seu percurso rumo à grandiosidade;

2. Embora do ponto de vista cronológico FEITAS PARA DURAR preceda EMPRESAS FEITAS PARA VENCER, é aconselhável aplicar inicialmente as idéias desenvolvidas no segundo livro – tanto para alcançar resultados excelentes em um novo empreendimento como em uma empresa já estabelecida no mercado – e, em seguida, seguir os conselhos do primeiro livro, a fim de sustentar o alto desempenho ao longo do tempo; 

3. Com a pesquisa de FEITAS PARA DURAR, descobriu-se que o motor das empresas duradouras são seus valores essenciais, que transcendem o mero objetivo de ganhar dinheiro. No caso da Walt Disney, por exemplo, suas competências principais são, entre outras, a felicidade das crianças, a imaginação criativa e o cuidado com os detalhes. Para durar, as empresas que alcançaram a grandiosidade devem definir seus valores essenciais e combiná-los com a dinâmica de seu crescimento.

O SENTIDO DA GRANDIOSIDADE 

No final de EMPRESAS FEITAS PARA VENCER, Collins surpreende com uma inesperada pergunta dupla: faz sentido esforçar-se para alcançar a excelência? Não basta ser uma boa empresa? 

Sua resposta também é dupla: 

Primeiro, acredito que não seja mais difícil criar algo grandioso do que algo bom. É provável que, estatisticamente, seja menos freqüente, mas não exige mais sofrimento que a perpetuação da mediocridade. Em segundo lugar, se a pessoa tem uma atividade apaixonante e acredita no objetivo que a impulsiona, é impossível que não aspire à grandiosidade”.

Para aqueles que acompanham nosso Blog Gestão & Negócios, finalizamos aqui a série de resenhas a que nos propusemos, ou seja, resenhas detalhadas das duas obras de Jim Collins: EMPRESAS FEITAS PARA DURAR e EMPRESAS FEITAS PARA VENCER. Temos certeza de que estas resenhas poderão ser muito úteis, seja por executivos na prática em seu dia a dia, seja por estudantes que necessitem de uma visão abrangente e rápida das obras. Recomendamos, contudo, que não abram mão da leitura integral dos textos, são livros excepcionais que merecem uma leitura atenta e uma análise cuidadosa. Nossa proposta na seqüencia será uma série de resenhas do livro SAFARI DA ESTRATÉGIA de autoria de Henry Mintzberg, Bruce Ahlstrand e Joseph Lampel. Mais uma obra excepcional, indispensável para os fascinados por estratégia empresarial.

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